Colegas da PROCERGS,
Na edição de 21 à 23/01 do final de semana passado do Jornal do Comércio, a PROCERGS desenterrou uma ATA do seu Conselho Administrativo relativa a 30 de Agosto de 2021. Dando luz à falta de transparência nas divulgações de publicações legais e obrigatórias.
CLIQUE AQUI para ver a ata publicada no Jornal do Comércio
Em que pese termos um conselheiro eleito por nós trabalhadores, os teores do agora divulgado, ou eram de fácil constatação, ou de conclusões lógicas, mas somente conhecidos com a referida publicação em jornal de circulação.
Lembrando que em agosto de 2021 travamos batalha, que vem até os dias de hoje, contra o fechamento das regionais e a favor da permanência desses trabalhadores, que esta gestão, num dia sem nada pra fazer, decidiu fechá-las.
Aos mais conformados com medidas contra a empresa em que trabalham, e portanto contra si mesmos, quando uma gestão que corta serviços (como ocorreu com o DETRAN-RS), fecha todas as unidades regionais, contrata maiores serviços de privados e terceiros, entre outros objetivos muito claros e explícitos de tornar tudo menor, pelo menos devem entender que cortar nichos de mercado e abdicar segmentos significa “diminuir e encurtar” a amplitude da empresa. Embora possa parecer que não, a irresponsabilidade desses atos de gestão trará logo ali seus efeitos para o tamanho da PROCERGS. Não apenas em sua estrutura, ceifada, mas também nos seus números e valor.
Ainda celebrado por esta gestão e seus compactuantes, o fim dos ATS dos funcionários (anuênio e quinquênio em Dez/21), um direito importantíssimo para as carreiras na casa com 40 anos de existência, por certo que impacta negativamente em todos nós trabalhadores, mas também em gerentes e chefes – mesmo os que apoiaram a subversa medida – e isso se reflete na fuga de talentos, com a saída de profissionais que um dia passaram em concurso público seletivo e, por isso, com muita qualificação aos seus cargos. São citações do óbvio na tal e ocultada ATA do Conselho feitas pelo ADO e Gestão de Pessoas. Nosso conselheiro (dos funcionários) por certo deve ter se manifestado ao menos neste ponto, mesmo que em ATA nada conste, ante o seu consenso com a aprovação de todos os pontos de ATA, coadunando aos demais nobres e apocalípticos conselheiros. Não sabemos, ou suas discordâncias e manifestações também estão em uma destas cápsulas do tempo, como esteve até então esta referida ATA agora divulgada.
Portanto, as constatações lógicas do ADO (aquele setor que pinta a escuridão com cores pastéis) é simples letra morta na ATA, pois não existe trabalho de Gestão para as Pessoas, a não ser a gestão para as pessoas “saírem” da empresa. Seguiremos perdendo profissionais porque assim quis, quer e age esta gestão, e o Conselho Administrativo também conivente. O concurso público na PROCERGS, que até poderia repor alguém, convenhamos, é para “inglês ver”; como todos sabemos, é ilusionismo puro. Mas o circo segue em registro na ATA.
Com o conselheiro mor, patética figura que registra em grau de compactuação e conformismo na ATA, como a transcrever a descrição do fim, à beira do mesmo abismo. Fácil ser conselho de empresa pública quando não se tem compromisso empresarial, mas somente com o seu mingau. Basta narrar ou descrever, como quem não tem responsabilidades com nada, senão com a própria e floreada redação, já que os atos de gestão não são seus. Mas que diminuem, ceifam e desfazem a presença de uma importante empresa de desenvolvimento tecnológico em todo o interior do estado. Empresa da qual devia atuar como conselheiro para a sua administração. Mas, complacentemente, a gestão encerra seis unidades regionais e retira a PROCERGS do futuro no interior do Estado, com um simples e inquestionável “Redução de Custos”. Como irão esconder o aumento nos custos de informática para o estado no interior? Da ordem de quase 100 vezes a mais? Será que esses custos maiores cabem em cápsulas do tempo também?
A redução no número de profissionais, o fechamento das regionais por ideologias políticas, diminuição de direitos, concurso público voltado a não contratar, aumento de custos com terceiros, repasses à iniciativa privada em grau nunca vistos, que aconselhamento melhor pode haver para se ACABAR com uma grande empresa? Todo o circo registrado em ATA, com caro ingresso aos trabalhadores, excluídos de qualquer debate, mas ainda bem do lado de fora desta lona. ATA divulgada. Mas, simplesmente, relatos do óbvio por um Conselho de Administração sem serventia. Nem pra empresa, nem pros trabalhadores. Contra o Estado, contra os interesses públicos reais.
Segue a luta!
CT PROCERGS e Sindppd/RS
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