Na trajetória do Sindppd/RS, sempre esteve presente a defesa intransigente da independência e autonomia das entidades sindicais frente a governos, partidos políticos e religiões. Afinal, num sindicato e nas CTs e OLTs devem caber todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores que querem se organizar para lutar por seus direitos, pelos empregos em tempos difíceis e na defesa das empresas públicas de Tecnologia da Informação, que garantem a soberania e a segurança de dados da população e do Estado, seja em nível municipal, estadual ou federal.
Mas esta não é uma eleição igual a tantas outras, e é necessário falar sobre os perigos que estão colocados com o risco da reeleição do atual governo. Os motivos não são poucos: fez uma péssima gestão na pandemia, negou a ciência e, com isso, ajudou aumentar a tragédia de quase 700 mil mortes. Não combateu a fome e, hoje, 33 milhões de brasileiros e de brasileiras padecem com a falta de alimentos, num país que é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Em seu governo, a crise ambiental explodiu, e a Amazônia hoje está em risco de não retorno. A tabela do Imposto de Renda, nesses 4 longos anos, NÃO teve nenhum reajuste e, com isso, pessoas pobres passaram a pagar IR; e nós, estamos pagando muito sem retorno nenhum, frente o alto valor que é descontado nos contracheques.
O desmonte dos serviços públicos e a privatizações andaram a passos largos. As nossas empresas de TI, SERPRO e DATAPREV, já têm data para serem leiloadas: primeiro trimestre de 2023. Com elas, toda a TI pública brasileira está em risco, pois essas duas grandes empresas são precursoras da TI dos estados e municípios, como a PROCERGS e a PROCEMPA.
O que está em jogo é a possibilidade de podermos voltar a lutar pelo que interessa para a maioria do povo como emprego, fim do desmonte e privatizações, ou sofrermos com o aprofundamento da destruição do nosso país, com o forte risco de interferência nas liberdades democráticas e nas instituições, como o STF (Supremo Tribunal Federal) e todo o judiciário.
Se na eleição de 2018 os riscos foram tratados por muitas pessoas como possibilidade, agora são fatos reais, e o país não pode continuar mergulhado neste caos cotidiano de tragédias e de desesperança.
É preciso dar um basta para mudar o rumo da história do nosso país. Precisamos votar em uma candidatura e um programa que expressem o nosso futuro. Mesmo que a gente saiba que a eleição não irá resolver todos os nossos problemas, ela pode abrir caminho para que possamos voltar a lutar com força e alegria pelas nossas vidas e pelo nosso país.
E para as trabalhadoras e os trabalhadores que acham que os sindicatos não podem se envolver em política é importante que pesquisem sobre o posicionamento, divulgado pela mídia no dia 19/10, das 5 maiores federações que congregam centenas de sindicatos de empresários do RS que divulgaram nota em favor da manutenção do atual governo. Cabe nos perguntar: por que eles querem tanto a continuidade, justamente eles que têm interesses completamente antagônicos aos dos trabalhadores?
Sindppd/RS
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