Vivemos tempos difíceis na busca da preservação das empresas públicas e dos direitos dos trabalhadores. Nos últimos 6 anos, ocorreram as reformas trabalhista e da Previdência, a terceirização generalizada e a privatização insana de dezenas de empresas públicas em nível nacional e também no RS. Todas, vendidas a preço de um carro usado, como foi o caso da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) e da Sulgás, além da forte tentativa, neste último ano, de passar, nos cobres, a CORSAN. Enquanto isso, no mundo, vários países estão reestatizando suas empresas, especialmente de água e de energia, frente ao desafio da emergência climática e das guerras. O último exemplo importante foi na Alemanha, com a reestatização da empresa de energia.
Aqui no RS, houve a retirada da Constituição da necessidade da consulta popular por meio de plebiscito para privatizar a CORSAN, o Banrisul e a PROCERGS. O acontecimento foi por ação política do Governo Eduardo Leite, tendo o apoio da maioria dos deputados na Assembleia Legislativa em 2021. O argumento utilizado pelo governo foi de que a população não saberia decidir. Vimos no que deu, e a CORSAN, infelizmente e apesar da resistência e da luta dos trabalhadores da empresa, está por um fio. A depender do próximo governo que será eleito, já sabemos que o Banrisul está com os dias contados, e isso já foi dito por dois dos mais cotados candidatos a governador.
E a PROCERGS, o que acontecerá com ela? Permanecerá como a única empresa pública? Não acreditamos nessa hipótese, pois as empresas privadas de TI estão de olho nos rentáveis serviços das empresas públicas da área. Basta ver a mudança da lei de criação da PROCEMPA via Governo Melo; o SERPRO e a DATAPREV, com processo de privatização em andamento via Governo Bolsonaro e previsão de leilão para o início de 2023.
A única possibilidade de mudar este quadro terrível para as empresas públicas, e em especial para as empresas de TI pública como a PROCERGS, SERPRO e tantas outras, é NÃO VOTAR em projetos privatistas para os governos do Estado e Federal e a deputados. A eleição não irá resolver todos os problemas do país ou do estado, e nem será garantia absoluta para tudo, mas não restam dúvidas, por tudo o que já vimos nos últimos 6 anos, que o voto pode ajudar a barrar a destruição do patrimônio público e abrir caminhos para que a luta da classe trabalhadora em defesa das empresas públicas e dos seus direitos seja reescrita.
Vamos com tudo, para não permitir que o patrimônio construído com esforço da maioria da população seja desmontado ou privatizado! Vamos exigir que as reformas da Previdência e trabalhista sejam revogadas, que a miséria que campeia o nosso estado seja trocada por empregos e que possamos construir uma nova história para a maioria da população!
Sindppd/RS
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